quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

ôh mãe, o amor que eu tenho por você é seu...

Uma vez a minha mãe ligou do trabalho e pediu para que eu levasse pra ela um documento que ela havia deixado em casa. Ela trabalhava no bairro ao lado, mas eu tinha nove anos e nunca tinha andado de ônibus sozinha. Eu lembro da minha mãe ter me dito - você acha que pode vir até aqui sozinha? - e eu prontamente respondi que sim. Minha mãe me deu as instruções, eu peguei o documento e saí de casa me sentindo importante. Cheguei até lá sem problemas. Eu entreguei o envelope pra mim mãe que me agradeceu e me levou pra passear pelo banco. Eu já tinho ido lá antes, mas sempre achava legal poder entrar nos lugares que só os funcionários podiam entrar e sempre gostava de ouvir um - nossa! como ela se parece com você! - quando a minha mãe me apresentava para os seus colegas de trabalho. Todas as vezes que eu ia lá eu era apresentada novamente para as mesmas pessoas que sempre diziam a mesma coisa. Mas eu achava divertido, a final eu tinha nove anos, tudo era divertido!


Bom, missão cumprida, era hora de ir embora! Minha mãe me deu dinheiro e novas instruções pra voltar pra casa e eu rumei para o ponto de ônibus. Eu entrei dentro no ônibus e depois de algum tempo eu comecei achar as paisagens estranhas e percebi que eu não conhecia nenhum lugar. Eu esperei mais um pouco e vi que quase todo mundo tinha descido do ônibus e os lugares eram cada vez mais estranhos e desconhecidos. Quando as últimas pessoas que estavam dentro do ônibus desceram eu desci também e logo percebi que aquele era o ponto final do ônibus. Fato: eu estava perdida! Dei umas voltas pelas redondezas mas tudo o que havia por lá eram vários prédios todos iguais e aquilo parecia um labirinto. Achei um orelhão, liguei pra minha mãe e lhe contei o infortúnio. Eu tentei descrever o lugar pra ver se ela conhecia e poderia me tirar logo de lá mas não, ela também não fazia a menor idéia de onde eu estava. Eu estava numa esquina e vi a placa da rua e li o nome pra minha mãe, mas ela ficou na mesma. Minha mãe mandou eu chamar alguém com cara de confiável que estivesse passando pela rua pra falar com ela. Eu chamei uma garota quase da minha idade, talvez um pouco mais velha, que estava andando de bicilceta por ali. A garota explicou tudinho pra minha mãe como se chegava ali. Minha mãe me disse que já estava indo pra lá e que pelo amor de Deus que eu não saísse de perto do orelhão. Eu fiquei sentada na calçada com os braços segurando a pernas e olhando para todas as direções pra ver se minha mãe vinha vindo e não sabia como ela ia vir, se ela viria de ônibus, de taxi ou de carro e fiquei lá sentada por um tempo que pareceu uma eternidade. Certa hora parou uma Kombi na minha frente e o motorista era um homem que eu nunca tinha visto mais gordo. Quando ele se inclinou para trás eu pude ver a minha mãe no banco do carona e na hora pareceu que duas bolsas de vinte quilos cada uma haviam sido retiradas de cada ombro. Entrei na kombi correndo e fiquei muda. Estava triste, decepcionada comigo mesma, eu que antes estava tão orgulhosa de mim mesma e achando que tinha feito alguma coisa de muita impotância pra minha mãe, achando que daquele dia em diante a minha mãe me veria como uma pessoa responsável e confiável, tinha fracassado na primeira missão! E ainda estava morrendo de medo da minha mãe ter ficado brava comigo e de ter uma enorme bronca me esperando quando chegasse em casa. Eu estava com tanta vergonha que eu permaneci com a cabeça baixa e não quis encarar a minha mãe. Mas ela estava com o braço em volta do meu ombro e ela disse - filha, você está com vontade de chorar? Pode chorar se você estiver com vontade. - e então eu acomodei minha cabeça no seio da minha mãe e voltei pra casa num choro silencioso.

Só depois eu fui me dar conta de que a minha mãe também não conhecia o dono da Kombi e só depois minha mãe me contou o lado dela da história. Ela disse que ficou muito nervosa quando soube que eu estava perdida e saiu do trabalho correndo. Mas não passava nenhum bendido taxi pra levá-la até mim. Ela saiu perguntando nos comércios como se chegava lá, qual ônibus pegava e tudo mais, mas nenhm ônibus passava e ela pegou um ônibus que só ia até a metade do caminho e depois ia pegar outro. Quando ela desceu nessa metade do caminho o outro ônibus que ela deveria pegar também não passava nunca e ao lado do ponto de ônibus estava chegando uma Kombi numa casa na qual havia um garoto esperando o motorista da kombi com a garagem aberta. Minha mãe perguntou para o motorista se ele conhecia o endereço anotado no papel e quase antes dele dizer que sim a minha mãe já tinha entrando dentro da kombi contando a história da filha perdida e praticamente ordenando que o cara fosse com ela me buscar. Ainda bem que o homem era solidário e o fim da história vocês já sabem.

O que eu não sabia e fiquei sabendo há alguns dias atrás, quando essa história estava sendo relembrada, é que a minha mãe disse que nesse dia estava sentindo uma dor e um desespero que ela nunca tinha sentido antes na vida, e que ao me encontrar estava sentindo uma enorme vontade de chorar e de gritar e de me abraçar, mas ela viu que eu eu também estava muito nervosa e então sacrificou o seu choro pelo meu.












segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

^^


tô me sentindo meio janta hoje...tô me sentindo meio arroz com feijão...

Vamos lá Milica, você consegue! Você já ligou o computador, já entrou no blog, agora escreve! Fé no sangue do Nosso Senhor Jesus Cristo!

Ok! Tem umas treze mil quatrocentas e cinquenta e nove coisas espalhadas pela minha cabeça agora e eu vou tentar organizá-las pra por tudo aqui.

Hoje o dia começou bem normal. veja: acordei atrasada [e toda dolorida por ter dormido e passado as últimas muitas horas no sofá da sala]. Tomei banho naquela droga de chuveiro gelado. Falei todos os palavrões que eu conhecia enquanto tremia de frio. Fiz café enquanto me trocava e depois tomei café enquanto arrumava a bolsa. Saí atrasada porquê eu demorei mais tempo xingando o chuveiro do que eu deveria e pra melhorar o metrô estava uma bosta. Como eu disse, normal! Mas aí, quando eu estava na fila da casa lotérica, eu surtei! Surtei! Fiquei de saco cheio e decidi que eu não tinha mais paciência pra nada! Estava de saco cheio de nunca chegar no horário [mesmo sabendo que isso só depende de mais esforço meu], de saco cheio de não saber o que eu quero ser quando crescer [e eu já cresci! olha o desespero!], saco cheio de ter que preencher os papeizinhos da loteria pra mulher do meu chefe porque ela sempre [SEMPRE] faz errado, saco cheio de ter dor de cabeça [eu nunca tive e agora tenho quase todos os dias. obrigada meu Deus, pelo lindo presente!], saco cheio de não achar mais nenhum livro que eu goste, saco cheio de não ter mais vontade de ir no cinema, em fim, eu estava meio I_hate_everything_and_everybody_incluindo_eu e fui assim surtada até a casa do boss. O taxista querendo puxar conversa e eu fingindo de morto. Aí depois o surto passou! Sei lá... meio piegas, mas eu conversei com meu chefe, ví que ele está melhor e fiquei feliz por ele. Voltei pro escritório des-surtada =D. Agora só me falta me livrar do meu presente de Deus. Enxaqueca ducarai =/

Agora as outras treze mil quatrocentas e cinquenta e oito coisas estão quietinhas lá dentro da cabeça dolorida e quando alguma delas voltar a se manifestar eu volto também tá-tchau!

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

all you need is love...love...

Essa noite eu dormi na sala, de calça jeans, óculos e tudo mais. Hoje cedo eu acordei, coloquei pijama e fui pro quarto assistir Across The Universe [sim, a pirataria reina!]. É lindo! Amei! Mas acho que será mais um filme que, entre os meus amigos, só eu terei gostado.


Lá pras três da tarde eu sai do mosh e vim pro pc pra ver se eu acho alguma coisa barata pra fazer por que eu tô enjoada de ficar aqui em casa sem fazer nada. Vou tentar a sorte com o cinema.





terça-feira, 22 de janeiro de 2008

no words

mais uma do apanágio!


transição

pressiono contra a razão
sentimentos de formas inúmeras
deixando-os ao acaso.

são com algumas formas
que por um acaso ou outro
deixo de antemão exposto
contra a fúria dos dias
ecolher o pão que devo me alimentar

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

hunf!

Guenta aí que vai rolar um desabafo!

Sábado à noite rolou festinha de aniversário para os meus tios lá em casa. Quando eu desço pra festa me deparo com quem? Meu pai! Acho que já faziam uns dois anos que eu não o via e a presença dele foi realmente uma surpresa. Mas só pra mim! Por que toda a família já sabia, menos eu. Na verdade ele foi convidado previamente e isso eu só fui descobrir depois, pela minha irmã. Eu estava achando que ele tinha aparecido pra uma visita, sei lá, e acabou ficando pra festa, o que também seria estranho. Mas o que me incomoda nessa história é o motivo do convite: uma reaproximação mamãe_papai! Que idéia de girico! Pelamordedeus! Idéia da minha tia, que quando a minha mãe disse que queria "um homem na minha vida", sugeriu o meu pai. Catso! Tanto homem no mundo e a minha tia vai sugerir logo o cara que ela já tentou e já sabe que não deu certo! E a minha mãe ainda enchendo a cara de cerveja com meu pai [que não é fraco de copo] e abraçando essa idéia! Meu Deus, eu juro que eu não quero nem pensar em como seria esses dois juntos de novo.

Eu não sei o que acontece lá em casa. Parece que um se incomoda com a presença do outro. Eu não sei se todo mundo está se sentindo assim, mas pelo o que eu converso com a minha irmã a gente sente a mesma coisa em relação a minha mãe. Parece que ela está meio porra_louca_life_style e a gente fica sem saber se ela está assim mesmo ou se é a gente que está sem paciência com ela. Minhã mãe bate na mesma tecla pra tudo, ela enfia uma coisa na cabeça que ela quer que eu faça e se eu não fizer ela fica de cara feia comigo com aqueles papos de "não me decepcione". UUUUUrgh eu já disse que só me matriculo numa porra de uma faculdade ou de um curso quando eu tiver certeza do que eu quero. Eu não vou correr. Não quero errar de novo na escolha do meu futuro. Mas é um saco. Toda hora ela volta nesse assunto de "você já viu um curso pra você entrar na Petrobrás???", por que a bola da vez é a Petrobrás! Porra, eu sei que ela quer o meu melhor e etc e tal, não questiono isso, mas será que não dá pra aquetar e me deixar decidir o meu futuro? O MEU futuro!

Ow Lord, minha cabeça gira e gira e eu fico tentando encontrar alguma coisa que eu goste, alguma válvula de escape. As vezes eu sinto que está faltando alguma coisa na minha vida e as vezes eu acho que já tenho coisas demais pra me preocupar. As vezes eu sinto que eu quero sair de casa e vezes eu acho que é melhor ficar. Eu vivo pensando em como será a minha casa, já sei as cores das paredes, já sei o estilo das mobílias e sei exatamente como eu quero a cozinha. Eu quero tomar 5 litros de chá e ver 20 vezes o mesmo filme sem precisar explicar pra ninguém porquê eu tô fazendo isso e sem ouvir "mais chá?!?" ou "de novo esse filme?!?".

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

fiesta!

Hoje é aniversário da Meguinha! 3 aninhos!


Desfilando...

irmazinhas ^^

Delicadamente sendo lançada na árvore de Natal!

zoiudinha da mamãe

de perfil com participação especial da Milica

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

girls stuff

Recebi essa enquete da Bekka, por e-mail, nem sei quando... era pra repassar pros amigos e tal, mas como eu tô ligada que ninguém vai mandar de volta e também devido a preguiça que me domina, eu vou responder por aqui, ok? Algum problema nisso? Não? Ótimo! Então vamos lá:

01- Que horas são? 14:26

02-Nome? Maria Emília

03 - Quantidade de velas no teu último aniversário? 20!

04 - Tatuagens? - Não [ainda!]

05 - Piercings? – sim, na orelha, completou 6 anos de idade no mês passado

06 - Já foi à África? – Não, quem sabe um dia...

07 - Já ficou bêbado? – sim

08- Já chorou por alguém? – muito, mas tô tentando parar

09 - Já esteve envolvido em algum acidente de carro? – não

10- Peixe ou carne? – carne

11 - Música preferida? – ultimamente qualquer uma dos Smiths

12- Cerveja ou Champanhe? – cerveja

13 - Metade cheio ou Metade vazio? - metade cheio

14 - Lençóis de cama lisos ou estampados? – sei lá, não reparo em cores quando estou dormindo!

15 - Filme preferido? – difícil... são muitas emoções rs, mas o último que me fez soltar umas lagriminhas foi Tomates Verdes Fritos <3

16 - Flor(es)? – Não curto! Mas confesso que tenho uma quedinha por lírios [apesar de me fazerem espirrar!], mas em buquês, e não naqueles vasos e arranjos cafonas!

17 - Coca-Cola simples ou com gelo? – com gelo oras!

18- De que pessoa recebeu esse e-mail? – Bekinha ^^

19 - Quem dos teus amigos vive mais longe? – a partir de agora a Mariana =(

20 - Melhor amigo(a)? – citar um só é sacanagem... não vou dignificar essa pergunta com uma resposta ;)

21 - Quem você acha que vai responder a esse e-mail mais rápido? - ãããn... não mandei pra ninguém =D

22- Quantas vezes você deixa tocar o telefone antes de atender? - você acha que eu conto? só toca até eu chegar no telefone ué!

23 - Qual a figura do seu mouse-pad? – vários rabiscos que eu faço enquanto estou no telefone, nenhum com forma definida.

24 - CD preferido? – The Very Best of The Smiths <3

25- Homem bonito? Johnny Depp, Ewan MacGragor [é sério!], Jude Law...

26 - Pior sentimento do mundo? - impotência

27 - Melhor sentimento do mundo? - aquele de quando a gente está feliz sem motivo nenhum.

28 - O que uma pessoa não pode ter para ficar com você? estereótipo, falta de humildade, preconceito, gosto por micareta, previsibilidade, prepotência e vergonha de ser criança de vez em quando.

29 - Qual o primeiro pensamento ao acordar? – meu cabelo deve estar uma droga!

30 - Qual o último pensamento antes de dormir? – preciso trocar logo esse colchão!

31 - Se pudesse ser outra pessoa, quem seria? passo!

32 - O que você nunca tira? meus óculos

33 - O que é que você tem debaixo da cama? - poeira

34 - Qual a pessoa que talvez não te responda? – certamente ninguém!

35 - Aquele que com certeza vai te responder? – a mesma aí de cima

36 - Quem gostaria que te respondesse? – já entendeu né!

37 - Uma frase: não me interessa mudar de galho, eu quero é sair da selva!

38 - Que dia é hoje? – 16/01/2008

39 - Qual livro vc está lendo? – O Castelo de Vidro de Jeanette Walls

40 - Uma saudade: do tempo em que eu andava de patins a tarde inteira com a Mariana, que a gente jogava lince, assistia desenho da Cultura e tomava chá nos dias de frio e depois a gente se despedia e sabíamos que amanhã seria tudo igual. A gente gastava um bom dinheiro na papelaria comprando canetas de todas as cores e a gente sabia a hora do recreio, a hora do almoço e a hora da janta. A gente tinha férias duas vezes por ano e redação de 'como foi suas férias' quando voltávamos. Nós pintávamos as unhas de azul e a nossa única preocupação era de qual seria a capa do caderno do próximo semestre. Não tínhamos responsabilidades.

41 - Uma característica tua: sou feliz e tento ligar o mínimo possível pra o que os outros pensam de mim.


THE END

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

68

É da piauí de janeiro e quem escreveu foi ROBERT ALTMAN e MISHA ANIKST. Upei algumas fotos. Não todas, só algumas.


Bem mais do que na Europa, a revolta de 1968 nos Estados Unidos teve características comportamentais profundas. A explosão do rock, das drogas, do misticismo oriental, do feminismo, da afirmação da negritude e dos estilos de vida alternativos foi a tônica dos anos 60. Se a contracultura foi a expressão difusa de uma insatisfação com a sociedade e os valores do capitalismo - sobretudo por parte da juventude -, ela também teve uma motivação política imediata: a intervenção das forças armadas no Vietnã. "Paz e Amor", o slogan dos hippies, não enaltecia apenas a placidez e o sexo livre. Estava embutido nele o protesto contra a obrigatoriedade de lutar no Vietnã e contra a própria guerra.

Em 1965, o jornalista Morley Safer, da rede CBS, acompanhou a missão de uma patrulha amaericana no Vietnã. No vilarejo de Cam Ne, os fuzileiros navais ordenaram que os moradores abandonassem as choupanas, acenderam seus isqueiros Zippo e tacaram fogo nelas. A repostagem de Safer, por ter sido uma das primeiras a mostrar cruamente a guerra, teve um impacto imenso. O presidente Lyndon Johnson acusou o jornalista de ter "cagado na bandeira americana". Ao relatar o episódio no livro Vietnam Zippos, Sherry Buchanan sustentou que, "pela primeira vez desde a II Guerra Mundial, jovens americanos em uniformeforam retratados como destruidores, e não como libertadores. Nossa percepção de guerra - e do isqueiro Zippo - mudou para sempre".

Criado nos anos 30, o Zippo ficou popular, especialmente entre os homens, por ser robusto e por acender mesmo com o vento mais forte. Era o isqueiro ideal para soldados em combate e foi largamente usado na II Guerra e na Coréia. Na do Vietnã, o Zippo virou um veículo de manifestação contracultural e, em alguns casos, de contestação da guerra. Em 1968, havia meio milhão de soldados americanos no Vietnã, a maioria deles fumante. Eles gravavam nos seus isqueiros saudações ao poder negro, ofensas ao Tio Sam, alegorias pornográficas, piadas gráficas e apelos à paz. "Os Zippos serviram de fóruns em miniatura para os pensamentos e sentimentos dos soldados americanos durante a guerra: sexo, drogas, frustrações, desejo, esperança, raiva, amor. Os sentimentos registrados nos isqueiros eram genuínos, sem censura e emocionados". escreveu o artista plástico Bradford Edwards, dono de uma coleção com alguns milhares de Zippos usados no Vietnã.

Enquando as inscrições pacifistas se disseminavam no sudeste asiático, nos Estados Unidos os movimentos contraculturais se espalhavam em todas as direções. O único nexo que os unia era o combate à intervenção militar, que se aprofundou em 1968, quando o Frente de Libertação Nacional, dirigida por Ho Chi Minh, lançou a ofensiva Tet e chegou às portas da embaixada americana em Saigon. Com 537 mil soldados no país, o exército americano conseguiu rechaçar a ofensiva, mas ela demonstrou que os Estados Unidos não poderiam ganhar a guerra.

O fotógrafo Robert Altman, mostra no livro The Sixties como o pacifismo se tornou mais e mais militante, sem abandonar de todo as idéias que o alimentavam. Já em outubro de 1967, por exemplo, uma gigantesca manifestação cercou o Departamento de Defesa, o centro nevrálgico da guerra, em Washington. O objetivo dos manifestantes, contudo, não poderia ser mais hippie:fazer o Pentágono levitar.

No livro de Altman, um dos ativistas do período, Abbie Hoffman (que morreu em 1989), faz o seguinte balanço daqueles anos:


Não acabamos com o racismo, mas acabamos com a segregação legal.
Acabamos com a idéia de que se pode mandar meio milhão de soldados para o outro lado do mundo lutar numa guerra que as pessoas não apóiam.
Acabamos com a idéia de que as mulheres são cidadãs de segunda classe.
Fizemos da defesa do meio ambiente uma questão que não pode ser ignorada.
As grandes batalhas que ganhamos não podem ser revertidas.
Nós éramos jóvens, cheios de certezas, temerários, hipócritas, valentes, tolos, teimosos e amedrontadores.
E nós éramos certos.


Festa de Pintura corporal, Baía de San Francisco, Califórnia, abril de 1971





Manifestante e policial, Peoples Park Insurrection, Berkeley, Califórnia, maio de 1969

[em baixo] Celebremos, talez a primeira festa rave, Boulder, Colorado, agosto de 1970



O isqueiro ideal para uma guerra: "Você e seus malditos lanchinhos no meio da noite"


Os Zippos serviram de fóruns em miniatura para os sentimentos dos soldados americanos na guerra: sexo, drogas, frustrações, desejo, esperança, raiva, amor.

It's meeting the man of my dreams and then meeting his beautiful wife...

Eu disse que eu ia tentar manter a assiduidade mas a minha vida real me impossibilita de frequentar meu próprio blog. E isso é bom! Significa que muita coisa anda acontecendo e que por enquanto não sinto tédio da vida. Mas como esse bagulho não é um diário, eu não vou ficar escrevendo tudo que anda acontecendo... Só quero dizer que as mudanças são internas e são reflexos do que eu tenho vivido durante as últimas semanas. Reflexo da convivênvia com pessoas que quanto mais eu conheço mais eu admiro e mais e mais eu quero por perto.

Nunca ouvi, mas gostei da letra e resolvi postar. Pretendo ouvir em breve! rs

I know there's a reason you're forcing a smile

You hide what you're feeling and you have for a while
I can tell that you're falling
And you feel that you can't go on
But a new day is calling
And you'll see that the feeling is gone

You know you're not the only one
Who has a lot to overcome
And when the time has come then you move on
'Cause you've been crying for too long
Sometimes life is so unkind
But change is never a waste of time

I know how you're feeling,
I've been there before
The hurting is something much to strong to ignore
Don't be waiting for someone
Who can take all your fear away
When there's no one to listen
That is when you should not be afraid

But change is never a waste... it's never a waste of time


Essas coisas são uma droga... inesperadamente me faz lembrar dos problemas e me traz uma fossa-for-free. Prefiro a sensação de every_little_thing_is_gonna_be_allright. Por isso vou postar uma canção que estranhamente me faz rir horrores. [será que eu sou mesmo um ser humano tão sem coração???] lá vai:

Girlfriend in a coma
I know, I know
It's serious
Girlfriend in a coma
I know, I know
It's really serious

There were times
When I could have murdered her
But you know
I would hate anything to happen to her
No I don't want to see her

Do you really think she'll pull through?
Do you really think she'll pull through?

Oh...Girlfriend in a coma
I know, I knowIt's serious

By, by, by, by, by, by, baby, goodbye

There were times
When I could have strangled her
But you know
I would hate anything to happen to her
Would you please let me see her

Do you really think she'll pull through?
Do you really think she'll pull through?

Oh...Let me whisper my last goodbyes
I knowIt's serious



acho que eu não tenho mais nada pra falar... tchau!

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

=D

Olhem isso! Sério! Mó legal!

http://www.travelpod.com/traveler-iq?0ab5=e6c8

Agradeço imensamente ao Denis por me ajudar a ocupar muito bem o meu tempo! hahahaha

Ããããi ãi

Eu não sei se todo mundo é assim, mas pra quase todos os momentos estranhos da minha vida, sejam eles ruins ou bons, eu encontro uma música perfeita. Aquela que diz tudo sobre o momento, aquela que me faz pensar - caralho! o filho da puta que escreveu isso leu os meus pensamentos?! - Eu sempre acabo achando uma música. E aí eu me apego a ela e canto e grito e ouço mil vezes e de novo e de novo. Mas toda vez que isso acontece eu acho que nunca mais vai acontecer de novo. A última vez que isso tinha contecido foi com there is a light that never goes out dos Smiths e eu acho que essa é uma música que eu nunca vou deixar de achar que é perfeita para os momentos de foda-se_a_vida_eu_quero_sair_daqui. Mas o Morrissey, aaaah o Morrissey, ele nunca me deixa na mão. Eis a música do momento:

Heaven Knows I'm Miserable Now
The Smiths


I was happy in the haze of a drunken hour
But heaven knows I'm miserable now
I was looking for a job, and then I found a job
And heaven knows I'm miserable now
In my life
Why do I give valuable time
To people who don't care if I live or die?

Two lovers entwined pass me by
And heaven knows I'm miserable now
I was looking for a job, and then I found a job
And heaven knows I'm miserable now
In my life
Oh, why do I give valuable time
To people who don't care if I live or die?


What she asked of me at the end of the day
Caligula would have blushed
"You've been in the house too long" she said
And I (naturally) fled

In my life
Why do I smile
At people who I'd much rather kick in the eye?

I was happy in the haze of a drunken hour
But heaven knows I'm miserable now
"You've been in the house too long" she said
And I (naturally) fled

In my life
Why do I give valuable time
To people who don't care if I live or die?





... eu falei que eu não ia falar mais nada, mas eu não aguento! seguinte: adorei tudo, não me arrependo e não me lamento mais, não chego a me orgulhar né, eu sei que foi over_the_top, mas me diverti horrores e como nunca e agora a gente continua se divertindo dando muitas risadas disso! Pronto_falei!

terça-feira, 1 de janeiro de 2008